ADÁGIOS GAÚCHOS
* Mais constrangido que
padre em puteiro."
* Mais chato que gilete caída em chão de banheiro.
* De boca aberta que nem burro que comeu urtiga.
* RANCHEIRO, s. Pessoa que morando num rancho tem a obrigação de cuidar dele.
Cavalo, que quando montado, em o costume de parar em todas as casas que
encontra no caminho.
*
RANCHO, s. Casebre de pau a pique, coberto de santa fé, com um couro como
porta, onde moram peões ou gente pobre de dinheiro. Qualquer morada humilde.
Palhoça, choupana.
*
RAMADA, s. Cobertura de rmas à frente dos ranchos, à sombra da qual descansam
os campeiros nas horas de sol ardente. Cobertura de tabuinhas, para dar sombra,
semelhante a latada.
* RECORRIDA,
s. Campereada,
volteada no campo. Busca ou inspeção que se faz no campo para verificar como se
encontra o gado, as cercas e outras benfeitorias. Emprega-se, também, em
sentido figurado.
ACONTECIDO
06/11/1836
– Bento
Gonçalves da Silva é eleito Presidente da República Rio-Grandense.
12/11/1836
– Criação
da Bandeira Rio-Grandense. Dia da Bandeira do Rio Grande do Sul.
13/11/1849
– Nascimento
de João Cezimbra Jacques – Patrono do Tradicionalismo
14/11/1844
– Revolução
Farroupilha – Batalha de Porongos – Derrota Rio- grandenses.
09/11/2014
– Falecimento
de César Lindemeyer em
Santa Maria – RS. Nascido em São Luiz Gonzaga
e foi sepultado em São
Borja.
O GADO
DA CAMPANHA GAÚCHA
O Rio Grande do Sul passa a ser importante do
ponto de vista da economia brasileira a partir do século XVII. Essa importância
não decorre de motivos internos do Rio Grande do Sul. Decorre, isto sim, do
conjunto da economia nacional ou, melhor ainda, dos interesses da metrópole
(Portugal).
Na medida em que a exploração das “minas
gerais”, o que é hoje o Estado de Minas Gerais, passa a ser intensa, é que o
Rio Grande do Sul se incorpora à economia brasileira.
O setor mais dinâmico, mais importante da
economia brasileira se desloca do Nordeste açucareiro para o centro do Brasil.
É aquele setor que produz motivado pela exportação, isto é, aquele que se
envolve com os produtos que serão colocados no mercado externo.
O gado que existia no Rio Grande do Sul passa a
ser útil para o consumo nas minas. Aquele é então o setor que vai produzir para
o mercado interno, enquanto este deve satisfazer as necessidades do setor de
mercado externo.
Os paulistas que não tinham produtos importantes
para comercializar, buscavam um produto que lhes rendesse bastante, realizando
a penetração para o interior do Brasil, através das “Entradas e bandeiras”.
Nestas investidas muitas coisas aconteceram pelo interior do território
brasileiro. No caso do Rio Grande do Sul, ao encontrar o gado da Campanha
Gaúcha, eles fizeram dele o produto que lhes interessava e comercializaram o
gado para as minas. Eles se envolveram então com o setor de mercado interno,
considerando o conjunto da economia nacional.
CULINÁRIA GAUCHA
QUEBRA BICO (10 pessoas)
Este prato foi recolhido da
Região do Piratini. Seu nome provém da lenda que conta ter o sapo convidado à
cegonha para almoçar em sua casa, tendo servido comida em um prato raso,
dificultando ou impossibilitando a cegonha de comer. Esta, por sua vez,
vingou-se, retribuindo o convite ao sapo e servindo a comida em um recipiente
comprido e fino.
Ingridientes: 3 kg de lingüiçinha; 1 dúzia
de ovos; ½ kg de cebola; ½ kg de tomate; 1 pimentão; 4 dentes de alho e 1 kg de farinha de mandioca.
Preparação: Tirara pele da
lingïça, desmanchar em guisado e colocar a fritar. Depois de bem dourada,
juntar todos os temperos picados bem miúdos. Quando estiver bem fritos juntar
os ovos e deixar cozinhar no molho com a panela bem tapada, juntando um pouco
de sal, se a lingüiça não for bem salgada. Quando os ovos estiverem bem
cozidos, misturar a farinha de mandioca, até que fique seco e enfarofado. É um
prato Bueno para a madrugada, depois de uma seresta.