ADÁGIOS
GAÚCHOS
* Mais conhecido que
parteira de campanha.
* Mais constrangido que padre em
puteiro.
* Mais medroso que cascudo
atravessando galinheiro.
* Mais ancioso que anão em
comício.
* Mais perdido que cego em
tiroteio.
DICIONÁRIO
GAÚCHO
* CARONA, s. Peça
dos arreios, cosntituida de uma sola ou couro, de forma retangular, geralmente
composta de duas partes iguais cosidas entre si, em um dos lados, a qual é
colocada por cima do baixeiro ou xergão, e por baixo do lombilho, e cujas abas
são mais compridas que as deste.
* BAIXEIRO,
s. Espécie de manta de lã, integrante dos arreios, que se põe
no lombo do cavalo, por baixo da carona. Semelhante a enxergão, xergão, xerga,
suadouro.
* XERGÃO,
s. O mesmo que xerga.
Pelego de ovelha, de lã curta, que se
coloca abaixo da carona, ou da xerga, quando esta existe. A tal pelego, dá-se,
também, o nome de xerga.
INDÍGENAS
X BANDEIRANTES X MISSIONÁRIOS
1ª
PARTE
Na edição anterior
trouxemos sobre quem era o indígena rio-grandense. Nesta trazemos como se deu o
contato entre brancos e índios nos primeiros tempos da recolonização do Brasil.
Esse contato
deu-se de forma pacífica ou violenta? Qual o resultado da ação de bandeirantes
e missionários sobre a cultura indígena? Que modificações sofreu essa cultura?
Ela se tornou predominante ou secundária na formação da sociedade
rio-grandense? Eis algumas questões que precisamos refletir ao analisar a
relação dos agentes históricos de exploração do RS nos primeiros duzentos anos
da recolonização portuguesa no Brasil.
Os portugueses e
espanhóis só se interessavam por lugares que fornecessem produtos para o
comércio. Na época não havia nada de interessante no Rio Grande do Sul. Por
isto foi esquecido por quase cem anos.
Enquanto isso
desenvolviam-se as plantações de cana de açucar no litoral do Nordeste
brasileiro, as quais precisavam cada vez mais escravos para o trabalho.
Lá pelo ano de 1600, já entravam no Rio Grande
do Sul onde caciques “amigos” (o Cacique anjo) aprisionavam outros índios e os
vendiam para os bandeirantes.
Diante desse
fato, missionários jesuítas portugueses tentavam convencer os índios a deixarem
o RS e rumar para o RJ, mas tiveram pouco sucesso.
Enquanto isto, os
missionários jesuítas espanhóis conseguiam licença de Felipe II (1608) para
fazer uma catequese com índios que não fossem sujeitos ao sistema de encomiendas (escravidão disfarçada em
que o índio devia trabalhar de graça para um espanhol). Nestas missões nenhum
colonizador poderia entrar, a não ser o jesuíta designado pelos superiores. Os
índios deveriam aceitar a supervisão dos jesuítas, pagar impostos e prestar
serviço militar.